Pessoas, conversas, histórias
Do trabalhar na plantação ao brincar na infância
Ensinamentos, experiências, aprendizado
Na doce lembrança contada com orgulho e sem premência
Assim a vida caminha, no ritmo do pôr-do-sol
Sentado a calçada o tempo vai como o vento
Beleza, amor, alegria
Há na moça que passa
Saudade, doçura, simplicidade
No olhar de quem fica
Verso e Prosa
por Daniel Coriolano
Com o Suor do Trabalho
Afirmar que conseguiu alcançar um objetivo com o "suor do trabalho" é uma frase muito comum em nosso cotidiano. Mas isso me incomoda! Essa prerrogativa parece tirar o mérito de quem não emitiu gotas de suor para alcançar seu alvo.
Concordo que alguns afazeres exigem insistência e dedicação, entretanto acredito em uma centena de situações nas quais o sucesso pode ser obtido seguindo algumas diretrizes. Ou será que organização e objetividade não tornam a vida de ninguém mais prática?
Não venha me dizer que "suor do trabalho" é apenas uma figura de linguagem. O que estou tratando é que talvez pensar que o sofrimento torna a conquista mais digna de comemorações seja uma herança ideológica imposta a nós.
E como já disseram; "só porque Jesus sofreu não quer dizer que você tenha que sofrer".
Sinestesia do sentimento
Nos seus lábios, minha vontade
Nos seus braços, meu desejo
Doçura, beleza, serenidade em ti
Timidez em mim
Em minha vontade, teus lábios
Em meu desejo, teus braços
Em ti um brilho, um sorriso, uma flor
Em mim timidez
Perfuma e hipnotiza
Olha-me e aprisiona
Teu cheiro em caminho único ao meu cérebro
Teu olhar como abrigo da minha atenção
Quando me toca, invades
Quando me fala, tua voz ecoa
Tua pele como única no tempo
Tuas palavras como versos no espaço
Carta ao nobre amigo
Carta ao nobre amigo
Brasília, 5 de fevereiro de 2009
.
Amigo João Hilário,.
Hoje nas linhas iniciais de minha correspondência te proponho uma charada. "É coisa indispensável às mãos dos que almejam mudanças sociais. Talvez, aos olhos dos alienados, possa soar como uma crise de superprodução! Há também quem diga que ele é indispensável mesmo é no semblante dos políticos corruptos”
Com o avento do ovo no setor político nacional, a classe administrativa tem andado com o pé atrás. É! O ovo!
Segundo o grande sociólogo, Seu Mário, porteiro aqui do prédio, o ovo possui todo um sentido que lhe dá o passaporte para servir de ícone inerente aos manifestantes. Em uma de minhas idas e vindas pela portaria, parei ao vê-lo ocupar-se em explicar sua teoria:
- Assim como se espera o nascimento de um ser a partir de um ovo, de um político, esperamos o nascimento do impulso para melhorias em diversos setores do país. E se constatamos que desse político, responsável pelo impulso, não nascem perspectivas de crescimento, jogamos ovos nele. Preferencialmente um ovo estragado
Nada mais pragmático.
Os políticos que se cuidem! E como você sabe sou deputado, portanto, faço parte dessa classe. Até nas primeiras páginas dos jornais observam-se mais ovos que parlamentares. E o nosso “marketing”? Embora eu ainda não faça parte do grupo de ornamentados com claras e gemas, devo acolher como justificáveis certas ações. Talvez eu mude de opinião caso receba o primeiro ovo, mas há uns partidários meus que mereceram. Devo concordar com um nobre deputado caririense, que em uma de nossas conversas soltou:
- Para quem estava acostumado a bater nos ovos dos brasileiros, tem sido difícil aceitar essa retribuição.
E em analogia a um desses dizeres populares, completou:
- Quem no ovo bate, com ovo será atingido!
Com o avento do ovo no setor político nacional, a classe administrativa tem andado com o pé atrás. É! O ovo!
Segundo o grande sociólogo, Seu Mário, porteiro aqui do prédio, o ovo possui todo um sentido que lhe dá o passaporte para servir de ícone inerente aos manifestantes. Em uma de minhas idas e vindas pela portaria, parei ao vê-lo ocupar-se em explicar sua teoria:
- Assim como se espera o nascimento de um ser a partir de um ovo, de um político, esperamos o nascimento do impulso para melhorias em diversos setores do país. E se constatamos que desse político, responsável pelo impulso, não nascem perspectivas de crescimento, jogamos ovos nele. Preferencialmente um ovo estragado
Nada mais pragmático.
Os políticos que se cuidem! E como você sabe sou deputado, portanto, faço parte dessa classe. Até nas primeiras páginas dos jornais observam-se mais ovos que parlamentares. E o nosso “marketing”? Embora eu ainda não faça parte do grupo de ornamentados com claras e gemas, devo acolher como justificáveis certas ações. Talvez eu mude de opinião caso receba o primeiro ovo, mas há uns partidários meus que mereceram. Devo concordar com um nobre deputado caririense, que em uma de nossas conversas soltou:
- Para quem estava acostumado a bater nos ovos dos brasileiros, tem sido difícil aceitar essa retribuição.
E em analogia a um desses dizeres populares, completou:
- Quem no ovo bate, com ovo será atingido!
Abraços nobre jornalista
Dep. João Furtado Vitém
Obs.: Qualquer semelhança com a verdade não passa de mera coincidência.
Dep. João Furtado Vitém
Obs.: Qualquer semelhança com a verdade não passa de mera coincidência.
De onde vem o verso?
Posso eu escrever:
"Amo-te, amo-te como ainda não amei
Acho teus olhos quando fecho os meus
Sinto teus lábios em meus sonhos
Amo-te!"
Mas não amo
Não acho
Não sinto
Não amo!
O que escreveria se estivesse amando?
Meu cérebro se entusiasmaria?
Uma alvorada de palavras?
Meus versos tornar-se-iam mais reais?
Não estou amando e escrevo:
"Das mais belas rosas vem teu perfume"
Nem se quer sentir fragrâncias parecidas
Nem ao menos costumo sentir o aroma das rosas
De onde vem o verso?
Vem meu verso da inconsciência do meu cérebro?
Meu verso vem da técnica aprimorada?(nem tanto)
Vem do meu desejo de amar?
De onde vem?
Posso escrever;
"Na aurora mora a esperança de ter-te
Tu és bela, tu és meu desejo
Tuas palavras soam como um poema a me apaixonar"
Engano a quem ouve o verso, se não sinto?
E então?
De onde vem o verso?
"Amo-te, amo-te como ainda não amei
Acho teus olhos quando fecho os meus
Sinto teus lábios em meus sonhos
Amo-te!"
Mas não amo
Não acho
Não sinto
Não amo!
O que escreveria se estivesse amando?
Meu cérebro se entusiasmaria?
Uma alvorada de palavras?
Meus versos tornar-se-iam mais reais?
Não estou amando e escrevo:
"Das mais belas rosas vem teu perfume"
Nem se quer sentir fragrâncias parecidas
Nem ao menos costumo sentir o aroma das rosas
De onde vem o verso?
Vem meu verso da inconsciência do meu cérebro?
Meu verso vem da técnica aprimorada?(nem tanto)
Vem do meu desejo de amar?
De onde vem?
Posso escrever;
"Na aurora mora a esperança de ter-te
Tu és bela, tu és meu desejo
Tuas palavras soam como um poema a me apaixonar"
Engano a quem ouve o verso, se não sinto?
E então?
De onde vem o verso?
Obs.: Escrito em 21 de outubro de 2007
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